quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vinho Novo Odres Velhos

"SBP Matthew 9:14 Naquela ocasião, os discípulos de João Baptista aproximaram-se de Jesus com esta pergunta: "Por que é que nós e os fariseus jejuamos muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?"
15 Jesus esclareceu-os: "Acham que os convidados para um casamento se podem apresentar de luto enquanto o noivo está com eles? Lá virá o tempo em que o noivo lhes será tirado. Nessa altura jejuarão.
16 Ninguém cose um remendo de tecido novo em roupa velha, porque o remendo novo repuxa o tecido velho e fica um rasgão ainda maior.
17 Do mesmo modo, ninguém deita vinho novo em vasilhas velhas, porque o vinho rebenta-as, perdendo-se assim o vinho e as vasilhas. Portanto, o vinho novo deve ser metido em vasilhas novas e assim se conservam ambas as coisas."


A cultura sempre influenciou e influenciará o ser humano. Neste texto pode-se ver uma questão cultural a cerca do jejum, pelo que se nota era normal na cultura judaica a pratica do jejum, principalmente para sacerdotes e fariseus, cf. Lc 18.9-14. Este texto está carregado de figuras que nos levam diretamente a época vivida, como por exemplo a costura de uma veste que esta rasgada, o vinho, que era a bebida mais consumida na época.
Talvez o estudo da fermentação do vinho seja algo interessante, pois sabemos que poderíamos considerar dois tipos de vinho, um seria o suco de uva sem álcool, e o outro o vinho com álcool de fato. Muitas pessoas tentam negar que Jesus bebia vinho que continha álcool, mas em possibilidades de época seria difícil falar de vinho sem álcool, principalmente quando se trata de um vinho que era guardado em odres, com a tecnologia da época não havia como evitar a fermentação do suco de uva. Só se tomava o suco se fosse com menos de 12h que é o tempo necessário para a fermentação do suco de uva. (cf. http://www.mezochi.net/Como%20%C3%A9%20feita%20a%20fermenta%C3%A7%C3%A3o.htm

Poderia aqui ser inseridas varias perguntas, mas serão direcionadas a uma pagina com algumas respostas de alguns leitores que poderá ajudar na compreensão: http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=101065&grupo=202941&topico=2198955&pag=3

Uma coisa que chama a atenção neste texto são os exemplos dados por Jesus, a comparação de “velho e novo”, o tecido velho e tecido novo, o odre velho e o odre novo, o vinho velho e o vinho novo.
Poderiam aqui ser colocadas vários pontos de vista a cerca deste mesmo texto, mas já que tratamos de cultura no inicio desta reflexão, partiremos deste mesmo ponto de vista.
Jesus ao citar estes exemplos lança palavras diretamente para os costumes que estavam sendo praticados por aquelas pessoas. Elas já estavam adaptadas aqueles costumes, já tinham recebido o que tinha sido dito, já tinham a noção do espaço, do tempo e isto causava certo conforto, pois não era necessário mais nenhum esforço, não era necessário nenhuma adaptação. A estrutura física, que é demonstrada por aqueles discípulos demonstra tal preocupação com a imagem transmitida, mas Jesus corrompe a idéia que lhes era passada. E isso demonstra então que sempre serão necessários novos odres, novas estruturas que possam suportar esses novos vinhos, que sempre será necessário novos tecidos, pois os velhos já estão gastos e não podem mais suportar o que virá de novo. 
Isso fica valido não só para as pessoas daquela época, mas também para os pregadores e igrejas dos dias atuais. Têm surgido novos vinhos a todo tempo, e se os odres continuarem sendo os mesmo eles não suportarão e se romperão, os métodos, as formas tem que ser renovadas a todo instante, isso é o que nos passa Jesus, e é isto que podemos perceber na bíblia:
SBP Romans 12:2 Não vivam de acordo com as normas deste mundo, mas transformem-se, adquirindo uma nova mentalidade. Assim compreenderão qual é a vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe é agradável e o que é perfeito”.

E neste quesito mais um ponto para a Igreja Emergente.
“A nova igreja pode ser de qualquer idade, qualquer denominação. Ela passa por um processo de mudança periférica semelhante ao das igrejas renovadas e restauradas, um processo de auto-análise radical, de retorno às raízes, fontes e primeiras coisas. Mas a nova igreja não tenta esboçar uma cópia. Ao contrário, ela surge como uma nova filosofia de ministério que a prepara para se deparar com quaisquer mudanças imprevisíveis que possam ocorrer. Usando o jargão contemporâneo, ela descobre “novos paradigmas”. Em termos bíblicos, ela busca não somente odres novos (renovação), como também vinho novo – que inclui uma nova atitude para com os odres em geral. A igreja decide que amará tanto o vinho novo que nunca mais se afeiçoará a odres de nenhum tipo. ( MCLAREN, Brian. A Igreja do Outro Lado. Brasília: Palavra. 2008. p.44.)

Vocês cristãos pensem nisto: será que os seus métodos já não foram rompidos pela renovação causada pelo próprio Jesus?

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